Hoje decidimos ver um filme escolhido pela pequena Angie, quer dizer, ela decidiu, eu, fui obrigado a ver. Claro que o filme escolhido foi o filme preferido dela. Apesar dela já ter visto o filme mais que mil vezes, decidiu que tÃnhamos de ver mais uma vez, para minha desgraça. Três sacos de pipocas, um sofá, uma namorada chata, um gato gordo e um filme lamechas. Parece-vos um plano perfeito para sábado à tarde, certo? Só que não.
Para começar bem comi logo dois sacos de pipocas antes do filme começar, o outro dividi com a Angie. O filme ainda nem tinha começado e eu já estava com sono, mas dormir seria como assinar a minha sentença de morte. Angie a pular de felicidade e eu a cair para o lado.
"Viver Depois de Ti" foi o filme selecionado para hoje, é um romance cujo personagem masculino, Will Trayner sofre um acidente ficando sem capacidades motoras do pescoço para baixo, deixando-o assim numa cadeira de rodas.
Lou, a personagem feminina, é uma jovem sem objectivos e rumo que aceita um trabalho como assistente de companhia. Ao conhecer Will, apesar do sua forma de ser, decide mudar-lhe a perspetiva da vida e o valor que ela tem.
Isto a ver filmes na televisão acabou por ser quase um inferno. Logo nos dez primeiros minutos a Angie reclamou por estarem a cortar cenas do filme original, ela sabia as falas e pior, as músicas. Além do mais ela nos intervalos em vez de dar-me mimos preferia ficar a ler ou a dar mimos ao gato. Podemos falar do facto de o gato ter uma manta para ele e eu não? O gato conseguiu ter mais direito ao sofá que eu, por pouco não acabei no chão a ver o filme.
Antes do filme acabar já estava a Angie a chorar. Decidi tomar a iniciativa e acabar o filme sozinho. Ver a Angie a chorar que nem uma doida não é fácil, não é que eu seja mau, nem que não saiba cuidar de alguém, apenas toda a vez que ela vê o filme chora, chora e chora e eu tenho sempre de dar mimos e sair para comprar chocolate.
A classificação do filme é um 10 em 10, dado por ela claro, por mim... bem, não posso dizer senão durmo na rua (honestamente, não sei ao certo que classificação dar, um dia digo-vos sem ela saber).
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